20_07

SAÚDE E ECONOMIA

A política nacional não superou o 2° turno da eleição presidencial de 2018. Parece que vivemos um eterno 3° turno em que a esquerda, ressentida pela perda do poder, tenta politizar tudo  contando com a ajuda da grande mídia e da academia universitária, que também sofreu cortes das descontroladas verbas públicas que recebiam. Contra uma direita sem muita organização, sem um partido decente e contando apenas com o sentimento conservador da imensa maioria dos brasileiros.

No entanto, para piorar ainda mais o clima, eis que surge o vírus vindo da China e o que era para ser uma discussão de saúde pública vai se transformando em debates e bate-bocas sobre política e saúde mental em que interesses disfarçados e opiniões não estudadas formam a maior parte dos argumentos.

A História mostra (o óbvio) que melhores condições econômicas, portanto também materiais, sempre geraram maior qualidade de vida e aumento da expectativa desta. Se em meados dos anos 50 os brasileiros viviam em média 57 anos, hoje essa média passou dos 75 e é muito claro o salto econômico que vivemos nesse período.

 Por outro lado, é preciso observar também, o ciclo macabro que uma pandemia pode gerar. De mortes para aumento de gastos com remédios e estruturas médicas. De confinamentos que travam a roda da economia e geram falências de empresas e pessoas. Tudo podendo gerar recessão que não se resolve da noite para o dia e ainda é o ambiente para convulsões sociais de toda ordem. 

Então, preferir saúde a economia, ou economia a saúde é questão para quem desconhece a real profundidade do problema e a complexidade da nossa sociedade moderna. Desconhece também que foram depois de graves recessões econômicas que as verdadeiras ditaduras de tipo fascista conseguiram chegar ao poder.

O período não é e não deveria ser de 3° turno de eleição presidencial, mas sim de seriedade, responsabilidade e medidas ponderadas que protejam a saúde física e a saúde econômica de nosso povo. É tempo de entender que se classe média e classe pobre reagem de modos diferentes diante da quarentena e da ameaça de lockdown é porque elas têm necessidades diferentes. É tempo de entender que quem está passando fome não tem medo de vírus e é tempo também de tomarmos providências sérias para que no futuro não sermos obrigados a procurar morcegos e coisas do tipo como alimentação por vivermos em terra arrasada pelo vírus e pela fome.


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